segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Muse nos Grammys

Ontem estava eu com pouco sono (vontade de dormir) deitado no sofá da sala, depois de ter visionado o filme que passou na sic pela 5000000 vez, quando durante o belo do zapping me deparei com a cerimónia dos Grammys em directo no AXN, e como não estava a dar nada de jeito, achei que devia ser uma coisa engraçada para me dar sono e pus me a ver.
Depois de umas actuações e meia dúzia de intervalos lá veio a actuação de que eu já tinha ouvido falar, e com muita pena minha concretizou-se, primeiro falou-se que os Muse tocariam com a Gaga, mas nisso nunca acreditei, embora receei sempre que vinha lá algo de mau, como se o facto de a banda estar numa cerimónia que é conhecida por não primar em nada na qualidade da musica não bastasse.

Foi então que começaram a tocar a Uprising, como sabem, ou não, é a primeira faixa do ultimo álbum deles o Resistance, lançado em Setembro de 2009, álbum muito contestado pois segundo muitos (entre os quais eu próprio) não tem nem de perto nem de longe a sonoridade e o "groove" dos anteriores, sendo letras bastante ocas, e todas elas são cantadas de forma MUITO menos expressiva que por exemplo a Darkshines (entre muitas outras claro), sendo a mais contestada de todas a Undisclosed Desires que chegou a ser descrita por alguns críticos como uma mistura de "Timbaland com Depeche Mode", no entanto muitos descrevem o álbum como o melhor de todos, são opiniões, mas sinceramente não creio que tenham ouvido o resto da discografia como deviam.
Passado uns momentos do inicio da musica a coisa começa a assustar, basicamente quando entra um gajo em cima do palco (que foi o palco que usaram durante a primeira parte da Resistance Tour, palco esse que esteve em Portugal dia 29 de 2009 no Pavilhão Atlântico e que eu tive o prazer de vislumbrar!) nos primeiros segundos parecia que tinha invadido o palco, nos minutos depois foi o degredo, dançarinos, meus amigos, dançarinos numa banda que se diz de Rock, aquilo parecia os "Feijão Frade" (aka Black eyed Peas) com fatos gays e brilhantes, guitarras de 2 braços só para o show off (das 2 vezes que eu os vi a tocar aquela mesma musica ao vivo em nenhuma usaram uma guitarra de 2 braços).
Enfim, uma Banda que há coisa de 10 anos dava concertos de t-shirt, partia guitarras, passavam os concertos a saltar ou a bater o pé e a abanar a cabeça, agora não passa de mais uma banda de que as pitas se dizem fans, e eu não quero dar numa de hipster, mas daqui a uns meses esquecem-se de quem são, uma banda que fazia musica orgasmica, em que só pela entoação que ele dava á letra chegava para nos fazer sentir todo o resto do instrumental magnifico, solos brutais, linhas de baixo cheias de groove ao contrario de todas as outras bandas de "rock" que para ai andam em que o baixo apenas acompanha os outros...
A banda que está no Hullabaloo, sim, por incrível que pareça, são os mesmos três, os três que não parava, que saltavam e furavam telas de projecção com o próprio corpo, agora não saem do sitio, por maior que seja o palco, porque não podem sair do foco da câmara, pois se o fazem os efeitos visuais caríssimos ficam arruinados. Trocaram os cabelos amarelos, vermelhos, azuis, laranja, fatos do spider man e camisolas rotas por cabeleireiros caríssimos e estilistas.

Como se não bastasse, ganharam o Grammy para o melhor álbum de Rock, pergunto-me já que é uma cerimónia anual, porque é que só quase 2 anos depois do lançamento do álbum é que lhe atribuem o prémio?

Enfim, como já me disseram, é melhor começar a habituar-me. No meio disto tudo o único pensamento que me alegra é o de saber que os 5 primeiros álbuns ninguém mos tira (e sim o Hullabaloo para alem de trazer um concerto também conta como um álbum de estúdio).

Começo a recear MUITO pelo novo álbum dos Arctic Monkeys, peço a Deus (embora não acredite minimamente em religião alguma) que eles tenham juízo e façam algo dentro dos moldes dos 3 anteriores, não quero que façam cópias, mas só peço que não virem uns vendidos, lembro-me perfeitamente quando o FWN saiu, espero ter a mesma sensação com o novo, ainda por cima depois de tanto tempo á espera vou finalmente poder vê-los no SBSR.
Já contei isto vezes sem conta, mas em 2007 quando eu estava no pico do vicio por eles, eles vieram ao Coliseu de Lisboa, como era MUITO novo (talvez tenha sido esse o motivo) nunca pus sequer em questão poder ir, quando no dia seguinte o meu querido primo me diz que foi (tinha sido ele que me tinha mostrado algumas musicas da banda largos meses antes e sabia perfeitamente que eu nao ouvia mais nada). Claro que o ano passado perdi 2 concertos deles, um no Campo pequeno e outro no Porto, mas já tinha comprado bilhete para o RiR e para os Metallica por isso acabei por não ir, mas este ano estou lá batido!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Alguém concorda comigo?

Os Muse sinceramente ultimamente metem-me um certo nojo, estão a fazer tudo aquilo que eram contra há uns anos atrás, eram uma banda que vivia para a musica, faziam musica que transmitia sentimentos não através de letras baratas e lamechas, mas através de sons inexplicáveis e interpretações inigualável, agora são mais uns, que fazem tudo para ser conhecidos, estão uns autênticos vendidos.

Fatos Gays nos concertos, luzinhas, espelhinhos, lazers, efeitos visuais (bem os efeitos visuais do palco que veio ao PA em 09 eram muito bons) que os fazem mal se poder mexer para não sair da óptica da câmara... Tenho saudades dos concertos em que usavam t-shirts horríveis, cabelos vermelhos, amarelos, azuis, SALTOS, SALTOS, SALTOS, notava-se que estavam ali a fazer o que gostavam porque isso era visível a qualquer um, não havia nada coreografado, havia guitarras a voar, bombos furados.

Perdi conta ás vezes que vi e re-vi o Hullabaloo, e todos os dias me doí o cotovelo só de olhar para aquela gente na audiência e pensar que dificilmente alguma vez vou ter a oportunidade de assistir a um concerto daqueles, com tanta energia, uma setlist perfeita, um ambiente excelente.

Lembro-me de quando saiu aquele Demo da Uprising prai com 30 segundos, bem antes de sair o Resistance, estava todo hypado porque estava com esperanças que ia sair dali algo parecido com os inícios, mas afinal, deparo-me com umas sinfonias um tanto ou quanto aborrecidas, uma Undiclosed desires com um ritmo que não sei onde é que foram buscar (por acaso sei)... Contudo, não é um álbum MAU, e quem disser que sim está a mentir, não é, apenas não é tão bom, NEM chega aos calcanhares dos primeiros, e pelo andar da coisa, duvido que alguma vez vamos ver algo daquele calibre da parte deles.